Pedir desculpas sem se arrepender é programar o mesmo erro.
Fomos ensinados a pedir desculpas cada vez que cometíamos um erro, que teimávamos, que desobedecíamos ou machucávamos alguém. Passou a ser algo tão automático que já nos antecipávamos antes mesmo de pedirem que nos desculpássemos, para ficarmos livres para brincar ou voltar para nossa atividade, ou para não levarmos bronca. Mas se esqueceram de nos ensinar o valor daquela palavra e o seu significado.
Não nos ensinaram o valor da empatia e das consequências PARA O OUTRO do que fazíamos. Achávamos que pedir desculpas apagava tudo e ficava tudo bem, mas na vida não é assim.
Tendo aprendido ou não, o fato é que depois de crescidos temos que entender que qualquer ato nosso que prejudique o outro, involuntariamente ou não, é de nossa responsabilidade. E nossas desculpas não mudam o acontecido. Temos que entender que nossos atos deixam rastros e interferem na vida das pessoas e na nossa. Mas somos humanos e erramos para evoluir.
Quando pedimos desculpas e achamos que nossa parte acaba ali, estamos nos tirando a possibilidade de aprender e mudar com isso. Quem ao se desculpar o fez da boca para fora, porque é o “esperado socialmente”, ou porque havia algum interesse por trás, não aproveitou para se conhecer melhor. Provavelmente não entendeu bem os motivos que o levaram a fazer aquilo, e irá repetir tudo de novo em um outro momento.
Da próxima vez que fizer algo que magoe ou prejudique os outros, pare e pense antes de pedir desculpas ou se redimir. Sinta o que você fez. Entenda o motivo. Se coloque no lugar do outro para sentir o que ele sentiu. Entenda as consequências e veja se é isso que você quer para si. Pronto! Sua transformação estará iniciada. Mude. Arrependa-se, comece de novo. Erre e erre de novo, mas não repita os erros simplesmente por não te-los compreendido.
Acredita e vai.