Julgamento como defesa

Como transformar o julgamento em compaixão?

Se tem uma coisa que faz parte da nossa vida desde a infância é o julgamento. Fomos aprendendo isso quando ouvíamos o julgamento alheio sobre as pessoas, as fofocas e comentários dos outros, e através do modelo de relacionamentos que tivemos.

Nossa própria natureza vai “classificando” as coisas dentro dos padrões que criamos para facilitar e nos poupar energia. Assim, aprendemos a julgar, colocar numa “caixinha”, enquadrando as coisas e pessoas dentro do que achamos que “serve/não serve”, “é bom/mau”, “é confiável/não é…” etc.

O julgamento acaba nos distanciando das pessoas e da realidade. Em primeiro lugar, quando julgamos o outro, partimos da nossa visão, das nossas crenças e verdades, que são sempre relativas e parciais. Quem somos nós para julgar alguém, se não conseguimos dar conta nem da gente?

Julgamos tanto as pessoas porque é mais fácil apontar no outro os defeitos que não conseguimos ver ou não toleramos em nós. Estando fora, nos aliviam.

Vamos atentar para cada julgamento feito, identificando o que é nosso, e como podemos transformar esse julgamento em compaixão pelo outro (e por nós).

Como posso entender melhor o que se passa com aquela pessoa que julgo, como me identifico com ela? Como posso me colocar na posição dela, como posso sentir amor pelo que ela é?

Ao conseguir fazer esse exercício, mudamos nosso mundo externo e interno. Aprendemos a nos perdoar e a nos julgar menos, porque fora é um reflexo de dentro. Quem julga muito os outros não consegue olhar para si porque é muito autocrítico e não tolera seus próprios defeitos.

Acredita e vai.

Defesa

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